Irmã Maria Marta Chambon
Nasceu em Croix-Rouge, próximo de Chambéry (França), aos seis de março de 1841, numa família honrada e cristã. Aos oito ou nove anos, ao rezar com os braços em cruz teve a primeira revelação da Paixão do Salvador, que deveria, depois, ocupar todo o espaço de sua existência. Desde cedo, a exemplo da própria mãe, revelou o gosto pela oração e desejou as mortificações. A presença do Menino Jesus era-lhe natural. Em fevereiro de 1862, aos 21 anos, entrou na Visitação de Chambéry. Desde o início de sua vida religiosa, Maria Marta uniu ao intenso trabalho cotidiano uma rara intensidade de vida interior. Sua vida transcorria em oração, trabalho, mortificações, imolação contínua, silêncio, muita humildade e apagamento absoluto. A partir de 1866, começou a receber visitas freqüentes de Nosso Senhor e Nossa Senhora. O Senhor permitiu que por cinco anos ela tivesse por alimento apenas a Eucaristia, sem perder as forças para realizar os trabalhos habituais da Comunidade. Recebeu estigmas dolorosíssimos em ambos os pés, e quando cicatrizaram após longas súplicas a Jesus, foram substituídos por sofrimentos morais. Imolava-se a Jesus pela causa da Igreja, dos sacerdotes, bispos e fiéis. Em 1867, em uma de suas aparições, Jesus lhe confia uma missão: “Minha filha, oferece as minhas Chagas a meu Pai eterno, porque de lá deve vir o triunfo de minha Igreja, que passará pelas mãos de minha Mãe Imaculada”, e lhe ensina como rezar o Rosário das Santas Chagas. Ela, fiel a Jesus, lhe promete oferecer a cada dez minutos as Divinas Chagas de seu Sagrado Corpo ao Pai Eterno, para o triunfo da Santa Igreja, pelos pecadores, as Almas do Purgatório, por todas as necessidades da Comunidade. Faleceu aos 21 de março de 1907, suportando um doloroso Calvário nas suas últimas semanas, e chamando sem cessar Nosso Senhor: “Meu Tudo ! Meu tudo! Vinde ! Vinde depressa…”. Após a sua morte, em odor de santidade, passaram a ser rezadas com mais fervor as invocações e o rosário das Santas Chagas do Salvador.